Órfão(s) de pico.
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| 15 de outubro de 2012 |
O que tenho para falar pra vocês não é tão agradável. Não queria ter que dizer isso mas um dos picos mais fodas que já conheci aqui em PE esta sendo privatizado.
Cheguei nas proximidades da rodoviária e logo achei estranho, percebi algumas diferenças, o caminho para os trilhos e a ponte estava sendo cercado, postes e arame farpado por toda parte, não dei tanta importância e continuei a caminhar, chegando nos trilhos já perto da ponte, consigo avistar pessoas do outro lado, exatamente em um dos lugares que me divirto treinando, ate ai tudo bem, continuei andando ate atravessar a ponte que estava muito destruída por conta de um incêndio que ouve na semana passada. Chegando ao outro lado as mesmas pessoas que avistei do outro lado me pararam e começaram a me interrogar, pra onde ia, o que ia fazer, por qual motivo estava indo e por ai vai... Percebi que não eram pessoas comuns, como os pescadores e frequentadores do local, se tratavam de vigias, ambos armados com facões me disseram que eu não podia continuar andando por ali, eu perguntei o motivo, o que me disseram é que por ordem da empresa responsável pela linha férrea e ordem de Francisco Brennand, (aquele velho barbado que faz umas esculturas em forma de pica "Pênis"). Eu sorri e disse: "tudo bem então", foi quando eles completaram dizendo que essa era minha ultima vez ali, não só a minha como a de qualquer um que tentar invadir propriedade privada, "que agora é privada, de acordo com o que falaram".
Eu fui, segui em frente, com o pensamento em meu treino, que por vez foi maravilhoso, só que quando conclui meus exercícios diários eu voltei a pensar no que os vigias, os mais novos inimigos de treino tinham me dito.
Como podem privatizar algo que por todo esse tempo foi e ainda é casa de diversas especies de animais, onde varias famílias conseguem alimento, o peixe pro cafe da manhã, almoço, jantar? É realmente uma situação lamentável. Perdemos um pico, uma casa, um refugio.
- Publicação original feita no Facebook, dia 23 de novembro de 2012.
Pow... triste ler isso!! menos um, menos zen... triste ver que pessoas compram o que não se vende e destroem o que não deve ser destruído... triste mesmo!
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